Operação de trigo ocupa novo cais do Porto do Rio de Janeiro durante a etapa final das obras de modernização

O Terminal de Trigo do Rio de Janeiro (TTRJ) está utilizando o trecho novo do Cais da Gamboa no Porto do Rio de Janeiro, enquanto as obras de modernização ocorrem na faixa de cais do terminal. Desde sábado (4), o terminal está operando o desembarque de 15.000 toneladas de trigo importado da Argentina. A carga chegou no navio graneleiro Lago do Lugano.

Ttrj trigo cais novo

A PortosRio, responsável pela administração do porto, ressaltou que esse trecho utilizado pelo TTRJ foi o primeiro a ser concluído nas obras de ampliação e modernização do Cais da Gamboa. Com a interdição do cais do TTRJ pela Autoridade Portuária para a execução da última etapa dessas obras, a operação do terminal foi temporariamente realocada para o trecho inaugurado em setembro. 

O Cais da Gamboa, inaugurado em 1910, é uma das áreas mais antigas do Porto do Rio de Janeiro. As obras estruturais, envolvendo um investimento de R$ 120 milhões, tiveram início no ano passado e abrangem uma extensão total de 600 metros de cais, dos quais 290 metros já foram concluídos. A previsão é concluir todas as obras até o primeiro semestre de 2024.

O objetivo principal das obras é viabilizar o aprofundamento dos berços de atracação e a operação de navios de maior porte. Após a modernização do Cais da Gamboa, a Autoridade Portuária planeja realizar uma dragagem, abrindo oportunidades para novos negócios. O aumento do calado operacional nessa área permitirá uma melhor utilização da infraestrutura e o aumento da lucratividade, por meio da captação de novas cargas e linhas de navegação.

Entenda - O trecho do cais atualmente em obras foi originalmente construído com base de fundação metálica e um muro duplo de pedras de cantaria de granito, preenchidos com concreto ciclópico. Essa estrutura foi projetada e construída com as técnicas disponíveis na época para um calado de 9 metros. No entanto, devido à exigência atual de pelo menos 13,5 metros de calado para a maioria dos navios, tornou-se necessário modernizar essas estruturas originais, pois não suportariam uma dragagem.

Por ASSCOM

divisor